terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Abrilhanta-te!



Abrilhanta-te!
Abrilhanta-te!
Sê bonita...
Mais bonita
Que a mais bonita flor!
Abrilhanta-te!
Sê bonita...
Mais bonita
Que a tua mais bonita dor!
Abrilhanta-te!
Sê bonita...
Bem mais bonita
Que o teu mais bonito amor!
Abrilhanta-te!
Abrilhanta-te!
Sê bonita...
Mais bonita
Que a vida que, um dia,
De vivida, por aqui também chorou...
Abrilhanta-te!
Abrilhanta-te!
Sê bonita!
Sê bonita!

Anísio Valente

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Ser Poeta



Juntar palavras e emoções.
Pedaços de sentimentos
Em fragmentos.
Quebra-cabeça dos corações,
Apaixonados, indignados
Ou desatentos.
Extrair do fundo da Alma
Em horas de tédio e lamento,
Palavras loucas, emocionais
Ou lógicas, frias
E racionais.
Fazer do papel sua estrada,
Nesta caminhada exaustiva,
Buscando entre intervalos
E reticências
Suas verdades
Sua vida.
Este é seu destino.
Sua caneta cavalga,
Entre linhas e espaços vazios
Domando emoções e palavras.

João Drummond

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Há Algo




Há algo lá fora
Me esperando, me chamando...

Há algo aqui dentro
Me corroendo, me machucando
Querendo ir embora...

Há algo lá fora
Que se mostra e grita!
Há algo aqui dentro
Que dói e me irrita!

Há algo lá fora
Que é atraente...
Há algo aqui dentro
Partindo lentamente...

O de fora é sonho,
Querendo se realizar.
O de dentro é presa
Querendo se libertar!

Há um desejo inverso,
O de dentro quer sair
E o de fora quer entrar.

Pudesse eu repartir-me
Libertando o que quer partir
E abrigando o que quer ficar...

Mas como sabê-lo?
Um lança um grito mudo,
O outro se desespera...
Não é cego nem surdo!

Se ajudo um, posso perdê-lo...
E perco-me, se ao outro ajudo...

Há algo aqui dentro,
Há algo lá fora...

Sei que ambos querem resposta.
Certamente terão
E a qualquer hora...

É só o tempo para que eu possa
Conciliar razão e coração!

Janice França

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Balanço



Foi a realidade mais obscura
Em meu sonho mais vívido.

O dia mais nebuloso
Em minha noite mais estrelada.

O mergulho mais profundo
Em minha altura mais vertiginosa.

A mais ressoante canção
Em minha entrega mais tácita.

Todo contraste,
Contraparte, contrassenso.

E quando se foi, restou-me
A insofismável plenitude da vida!.


Rosana Macedo Pontes

Premiação e lançamento do livro do concurso literário "Cartas a Tiradentes"

Em 12 de novembro de 2019, Sete Lagoas recebeu um evento extraordinário, o lançamento do livro “Cartas a Tiradentes”, que consiste em uma c...