quinta-feira, 30 de maio de 2019

Joaninha (I)






Plantamos horta e jardim.
Vovô, presença dinâmica,
É quem revela pra mim
Os segredos da Botânica.

Solo, semente, plantio,
Cultivo, germinação…
Clorofila, sol e frio,
A chuva, molhando o chão…

Sementeira: previdência!
As mudinhas: transplantar!
Tudo exige competência
Que é o jeitinho de cuidar.

Certa manhã…Oh! Que lindo
Besourinho diferente!
Abre as asas se exibindo,
Voa e vem pousar na gente!

Vovô diz: “- É a joaninha!”
Ó bichinho, tu me encantas!
Tão bonito e tão mansinho,
Veio visitar as plantas?

Mariza da Conceição Pereira

terça-feira, 28 de maio de 2019

Carnaval



Este carnaval foi muito legal,
Fui ao centro e vi folia
Eu entendi que gosto de carnaval,
Admito que senti alegria.

No dia seguinte ainda tinha festa,
Não consegui ficar sem ir nela
E ainda me resta
A felicidade que tive com ela

Depois do carnaval
Tem  dia de cinzas
Dia muito normal
E com coisas lindas.

Na quinta-feira tinha aula,
Porque o carnaval já passou
E eu ainda tinha alta
Expectativa que o carnaval deixou.

1ª  poesia de Renato Mendes, 09 anos.


quinta-feira, 23 de maio de 2019

Resumo



O relógio da vida parado?
O relógio da vida agitado?
O relógio da vida atrasado?
O relógio presente!
As horas para esperar!
Os minutos a somar às horas ou às demoras?
Os segundos a completar as dores, os amores, as fragilidades, os
medos, as perdas.
...Infinitas dores frias, congênitas, calculistas.
O som dos pensamentos conflitantes .
A dor da espera,
a espera da dor.
O sonho acordado,
o pesadelo vivente,
o tormento silencioso,
o despir-se da alma angustiante;
é o dom da vida sendo apreciado,
é a saudade mansa de minúcias.
Somos sempre tocados pelo eu:
o eu do sustento,
do poder absoluto,
a desculpa do homem vaidoso.
O eu já basta, o nós nem tanto.
A tristeza ou a felicidade do esperar;
a sintonia do ser e do transcendente.
O passar dos longos ou efêmeros anos repentinamente,
soam como brisa...
Ao mesmo tempo que refresca, causa febre em instantes.
O percorrer da vida na imagem de seus próprios olhos,
numa simples contagem de tempo.
O resumo das maravilhas da vida,
as vitórias concebidas,
os resultados obtidos,
a trajetória,
do início,
do atual,
a oportunidade de ponderar,
de reviver,
do não julgar,
do não poder escolher,
mas de suprir pelo amor mentes, almas e corações.
A cura pode não ser apenas do corpo, mas o Deus que tudo
encerra,
sabe a hora, o minuto, o segundo.
Conhece cada ínfimo da maravilhosa forma de se amar e ter amado
à vida.

FABIANE ESTANISLAU,  26/04/2019

terça-feira, 21 de maio de 2019

Quero Crer


"E ainda que as janelas se fechem,
é certo que amanhece"(Hilda Hilst)

Quero crer que um dia amanheça
em que as janelas se abram
para auroras mais douradas,
certezas mais verdes,
realidades mais róseas.
Que as vidas acordem
ao som de passos mais leves,
sem ecos de paranoia;
para a visão de sorrisos mais francos,
sem presas de egoísmo;
para apreciação das diferenças,
sem travos de intolerância.
Quero crer que esse dia haverá
que redimirá o tortuoso caminho
trilhado até ele,
e que nesse dia será celebrado
um grande culto aos ancestrais,
em que seres benditos e perdoados...
E ainda que anoiteça, é certo
que as janelas não mais se fecham.


  Excerto do livro "Sinfonia sete movimentos  para a liberdade", de Rosana Macedo Pontes.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Rasteira



Quem diria que um dia,
Eu que tanto caminhava,
Que sempre o norte mirava,
Fui olho de furacão que Éolo envia.

E nada mais era certo.
E o destino foi encoberto
Por pó de dúvidas e confusões.
Não resta nada além de aflições.

Estou confusa e sem resposta.
Mas a roca não para de tecer
O fio da vida a cada dia a correr.
E eu estanque. E eu deposta.

                                    Excerto do livro "Eu: Poeta", de Juliana Machado Cruz.

terça-feira, 14 de maio de 2019

Magia





Magia é poder apreciar o nascer de mais um dia, a imensidão do mar, o
deslumbre das nuvens, o pôr do sol, com sua cor vermelha aquecendo a terra,
que habita com todo seu resplendor e charme. É ver a lua e as estrelas, noite
após noite, a enfeitar o céu com sua cor azul brilhante, nos embriagando com
sua beleza e luz e glamour.

É poder sentar em uma praça e ali observar a natureza, as pessoas
passando, o movimento dos carros em direções diferentes. É poder sentar em
frente a um lago, a uma lagoa, e, com muita atenção, admirar o movimento da
água formando pequenas ondas que vêm em nossa direção, finalizando nas
pedras que a cercam.

É poder pensar, falar, ouvir e enxergar tudo o que se passa ao nosso
redor.

Ah! E andar? Talvez ainda não percebamos quanta grandeza se tem no
andar. Como é mágico. É algo que não conseguimos explicar. Explicar
tamanha beleza e grandeza. Sem limite. Podemos até correr! Maravilhoso,
não é?

Quão bom esse ir e vir!

Convenhamos... Não é uma verdadeira magia?

Maria de Lourdes Faria.

Lançamento do Livro - Sete Lagoas, Século XVIII

Na noite de 09 de maio de 2019, nas dependências da Casa da Cultura, teve lugar o
lançamento do livro “Sete Lagoas, Século XVIII – O Registro e as Estradas Reais: Centralidade e Convergências na Capitania de Minas”, do jornalista, pesquisador e escritor Márcio Vicente da Silveira Santos.

Dentre os convidados presentes, destacamos representantes da Câmara Municipal e
da Secretaria Municipal de Cultura, dirigentes do Priorado dos Inconfidentes, membros da
Academia Cordisburguense de Letras, da Academia Sete-Lagoana de Letras e do Clube de Letras de Sete Lagoas. A TV Câmara registrou os principais momentos dessa noite memorável. O autor foi saudado pelo presidente da Academia Sete-Lagoana de Letras, Dr. José Augusto Faria de Souza, e pela presidente do Clube de Letras de Sete Lagoas, Rosana Macedo Pontes.

A obra, “Sete Lagoas, Século XVIII...” aborda a ocupação do espaço geográfico, os
meios de produção e a circulação de mercadorias; a contribuição do fazendeiro, do agricultor e do comerciante, bem como a clara vocação de liderança regional exercida por Sete Lagoas no último terço do século XVIII. O foco principal é sobre o Registro, cuja notoriedade ocorreu das Estradas Reais que cortavam seu território e de sua eficiência na arrecadação dos tributos régios.

Este livro, bem como o primeiro da trilogia histórica (Tiradentes em Sete Lagoas), pode
ser adquirido na OPTE LIVROS (Rua Dr. Avelar, 230 – Centro – Sete Lagoas).








 

Foto: Dmetrius, Cláudia Micheline e Mario de Abreu

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Cidade em Prantos




No centro da cidade
Onde o vento não sopra
A chuva triste cai

No parque vazio,
Duas árvores se abraçam
Chorando suas folhas.

No caminho de volta
Por onde a brisa passa,
O triste choro cai.

No parque vazio
Canta-se triste melodia
Chorando sem hesitar.


Júlia Gomez, 11 anos 
Haikai livre, inspirado no filme "Deus não está morto - Uma luz na escuridão"

terça-feira, 7 de maio de 2019

1ª Bienal do Livro de Sete Lagoas

Imagem relacionada

Clube de Letras teve a honra de fazer parte da 1ª Bienal do Livro de Sete Lagoas, que aconteceu do dia 25 ao dia 29 de setembro de 2018 na Praça Tiradentes e no Centro Cultural Nhô-Quim Drummond - Casarão, contou com diversas atrações e oficinas.

O clube de Letras ocupou o salão principal onde fica a viga de sustentação do Casarão, um ato simbólico, pois o Clube de Letras, dentre tantos outros feitos pela cidade de Sete Lagoas, fez parte do movimento popular  "Casarão te quero!" que seria demolido há tempos atras, que por causa desse movimento foi tombado pelo decreto 1.333 de junho de 1986 e restaurado em 1988.


Ocorreu na sala do Clube de Letras:

Oficinas: 
Mileide Moura (Poli Livros) - Cordel

Lançamento de Livros:
Geraldo Elísio - Café com prosa e autógrafos
Marco Felipe - O Andarilho Colecionador de Histórias
Márcio Vicente Da Silveira Santos - Três jornalistas do Sertão
Afonso de Castro Gonçalves - Estrela no Quarador, 56 poemas
Mariza da Conceição Pereira - Tipos populares e Figuras Marcantes de Sete Lagoas


Rosana Macedo Pontes, Presidente do Clube de Letras, idealizou juntamento com os membros do Clube de Letras, a árvore de folhas falantes, onde os visitantes deixavam um poema na árvore que começou sem nenhuma folha e terminou repleta de folhas com pensamentos e lindos poemas...

Sala do Clube de Letras, árvore de folhas falantes.



Árvore de folhas falantes início...


Árvore de folhas falantes no último dia...


Lançamento do livro "Tipos Populares" Mariza da Conceição Pereira, Mariele, Allan Keller

 Mariza Pereira, Allan Keller, Rosana Macedo, Mariele.

Aconteceu no dia 28 de setembro na Sala de Palavras, no segundo andar do casarão - Mesa - Mulheres - A Escolha Pela Escrita
Com as jornalistas:
Jalmelice Luz e Leida Reis (Página Editoras), conversa mediada pela tradutora e Presidente do Clube de Letras Rosana Macedo Pontes.



Boa Medida





Na linha reta da vida
Encontro de encanto
O canto que encanta
A minha certa medida

Uma pitada de amor
Teus braços abraços
Os afagos em laços
Em minha amada flor

O tempo parado no olhar
A voz veloz do desejo
Almejo feroz a nós
O vento alado a soprar

Dois corações, boa medida
Sem dor, sem traços
Com entrelaços do amor
Na linha reta da vida


Willker Azevedo

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Mãe é Tudo!



A vida é uma escola, onde não paramos de saber
Mas o melhor é o colo materno,
ali realmente pude aprender!

Encontrei dentro de casa, bons motivos para sonhar
E durante toda minha vida
só precisei aperfeiçoar!

Segui orientações da minha mãe e não tive problemas por onde andei,
Fugi daquilo que era desconhecido
e seus ensinamentos eu pratiquei!

Mamãe enfrentou todo tipo de situação,
cavalgava por toda região
andava em seu cavalo ou com o esposo, na garupa do alazão!

Levava um filho nos braços e outro no seu coração!

Mãe é tudo na vida, é o conforto do lar.
Mãe é tudo de bom, que um filho pode encontrar!

Alvino Neto

Premiação e lançamento do livro do concurso literário "Cartas a Tiradentes"

Em 12 de novembro de 2019, Sete Lagoas recebeu um evento extraordinário, o lançamento do livro “Cartas a Tiradentes”, que consiste em uma c...