Quando faço verso
Ou re-verso,
Faço-me e refaço-me
Na gramatologia.
Sou
Mesoclítico,
Proclítico,
Enclítico,
Sintático,
Sintético.
Quando canto a vida,
Impetro hábeas corpus
Na suprema corte
Gramatical:
Exijo passaporte,
Liberdade,
Passo livre,
Incondicional.
Pois
Sou fonte,
Sou mina,
Rio-riacho;
Cachoeira;
Cascata;
Corredeira;
Vazante.
Sou flor que se abre,
Aurifulgente e singela,
Pintando aquarela
No pó do sertão.
Sou água da bica,
Sou vento, sou livre,
Sou garça a voar.
Sou a brisa da tarde;
Da noite, o ninar!
Sou o beijo escondido,
O carinho, a carícia,
O riso, a alegria,
- A poesia no ar!...
Luiz Dias Vasconcelos
É lindo demais tudo isto!!!
ResponderEliminarOs poemas do Luizinho são um transporte de emoções. A gente viaja, viaja, e não quer voltar. Só encantamento.
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