Poesia é amor em totalidade, entrega completa.
Céu estrelado, ondas calmas, gestos, reviravoltas,
Olhar perdido. Sangue derramado por ódio ou amor.
Penetrar nos labirintos do mau tempo, do rancor.
Fazer do amor agonia, desilusão, não querer ser consolado.
Transformar o banal num pesadelo, naufragar no copo tolo.
Transformar o simples, o invisível, o sutil, no amor verdadeiro.
Soltar o verbo ao vento, falar dos mistérios e do corriqueiro.
Desaguar... desaguar... mansamente...
Inundar!... Inundar!... Violentamente!...
Peneirar o inconveniente, encontrar o plausível.
Balançar o impossível; achar, fundir o intocável
.
E rimar, rimar com palavras, variadas palavras.
Ora tristes, ora alegres, ora livres, ora escravas.
E rimar, rimar com deleite e harmonia.
E encontrar essência da poesia.
José Augusto Barbosa
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