terça-feira, 30 de julho de 2019



Marcio Vicente - Jornalista e escritor

Sem lápide ou mausoléu,
e nada quero como epitáfio.
Que se lembrem de mim sorvendo,
felizes, uma taça de vinho rubi.
E se forem capazes de dizer
um qualquer verso meu
- comprometida lembrança - 
terei, então, alcançado a eternidade.

                         Márcio Vicente, 2018

Marcio Vicente - Jornalista e escritor


Márcio Vicente da Silveira Santos
Nascimento: 23 de março de 1942, Santana do Pirapama, Minas Gerais.
Falecimento: 29 de julho de 2019, Sete Lagoas, Minas Gerais.
Casado: Vera Guimarães dos Santos.
Filhos: Marcelo Guimarães dos Santos, Patrícia Guimarães dos Santos Henriques e Cíntia Guimarães dos Santos.

Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Sete Lagoas, Jornalista profissional (registro MTb183/DR-MG).

Pertence às seguintes entidades culturais: Clube de Letras de Sete Lagoas (sócio-fundador e ex-presidente), Academia Sete-Lagoana de Letras (Acadêmico fundador e ex- presidente), União Brasileira de Trovadores, Seção de Sete Lagoas (Sócio fundador e ex- presidente), Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (Acadêmico), Academia Curvelana de Letras (Sócio correspondente), Academia Petropolitana de Letras (Sócio correspondente), Academia Uruguaiana de Letras (Sócio correspondente), Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete (Sócio correspondente), Academia Internacional de Genealogia e Heráldica (Sócio correspondente), Instituto Histórico e Geográfico de Brasília (Sócio correspondente), Academia de Letras de Juiz de Fora (Sócio correspondente).

Atividades profissionais na área cultural: Diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas em 1983/1986; Presidente/Superintendente da Fundação Histórica e Artística de Sete Lagoas – FHASETE, em 1986/1992; Diretor do Centro Cultural Nhô-Quim Drummond (Casarão) da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas, em 1987/1992; Diretor do Departamento de Artesanato e Folclore da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas, em 1993/1995; Secretário Municipal de Cultura da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas/MG, em 1996 e de 2003 a 2005; Secretário Municipal de Cultura e Juventude de Sete Lagoas, a partir de 2013...

Premiações, títulos e comendas: Mérito Lítero-Cultural e Jornalístico; Diploma “Destaque do Ano” no setor Cultural, Jornal “Mensagem” e Rádio Cultura, 1966; Diploma “Destaque do Ano” no setor de Jornalismo, “O Jornal do Centro de Minas”, 1982; Diploma “Sócio Benemérito”, Associação Cultural das Pastorinhas e Folias de Reis de Sete Lagoas, 1985; Diploma “Destaque do Ano” no setor Cultural “Hoje – Jornal da Cidade”, 1989; Diploma “Mérito Comunicação”, “Hoje-Jornal da Cidade”, 1990; Diploma “Reconhecimento ao Fundador”, Clube de Letras de Sete Lagoas (30º aniversário), 1994; Diploma de “Reconhecimento”, Associação Cultural das Pastorinhas e Folias de Reis de Sete Lagoas, 1995; Diploma de “Homenagem Especial”, Ass. Cultural “Capital Mineira do Folclore” – Jequitibá, 1995.

Títulos e Comendas: Cidadão Honorário de Sete Lagoas; Câmara Municipal de Sete Lagoas, 1987; Medalha de Mérito Cidade de Sete Lagoas, Governo Municipal, 1992; Medalha de Mérito, Associação Comercial e Industrial de Curvelo, 1994; Diploma “Homem de Visão”, setor Cultural “Folha de Curvelo”, 1995; Troféu “Imprensa”, Jornal “Tribuna” – Sete Lagoas, 1995; Medalha de Mérito Cidade de Prudente de Moraes, Governo Municipal, 1996.

Livros publicados: “Vix” (Poemas. Em Colaboração), 1964; “Revixta” (Poemas. Em Colaboração), 1965; “Àmostra” (Poemas), 1965; “Nhô-Quim” (Apontamentos para a Biografia de Joaquim Dias Drummond), 1971; “Sal & Pedra” (Cronipoemas), 1990; “Debaixo da Magnólia” (Contos), 1992; “100 Anos de Imprensa em Sete Lagoas” (Pesquisa), 1994; “Dr. Márcio Paulino - Uma história biográfica” (Biografia), 1997; “Coragem pra Mudar”, 2004; “Tiradentes em Sete Lagoas” (livro- reportagem), 2010. "Sete Lagoas - Século XVIII, 2019.

Pesquisas publicadas: “Origens do Casarão” (In “Hoje – Jornal da Cidade” – Sete Lagoas, 1980); “História da Imprensa em Sete Lagoas”; (In “Jornal de Sete Lagoas” – Sete Lagoas, 1994), “História de Sete Lagoas” em fascículos. Participação em antologias: “Poetas Brasileiros de Hoje”, (Editora Shogun – Rio de Janeiro, 1988); “Encontro”, (Edições Instante – Sete Lagoas, 1993). Sócio-fundador e editor dos jornais “Centro de Minas”, 1967; “A Notícia”, 1974; “A Gazeta”, 1978 e “Hoje – Jornal da Cidade”, 1982. Sócio fundador da ETV-Canal 58, 1994.

*Fonte: "Livro de Ouro, 50 Anos", Clube de Letras Sete Lagoas. 

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Aldravias

Aldrava, Ferro Fundido Golpeador, Ferro Fundido, Anel


   No dia 13 de julho de 2019, tivemos estudo sobre o estilo poético Aldravia, poema sintético, fixa sua essência na retórica metonímica.  A história aldravista começa no ano de 2000, com o lançamento do Jornal Aldrava Cultural na cidade de Mariana. link https://www.jornalaldrava.com.br/index_abertura.htm

   O Poema é constituído numa linométrica de 06 (seis) palavras-verso. Esse limite de 06 palavras se dá de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense significação com um mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração. 

Deste estudo os clubistas criaram as seguites Aldravias:

terça-feira, 23 de julho de 2019

Trovas



Semelhante à minha vida,
que tem paz e tem tormento,
a onda ganha subida,
mas desce ao sabor do vento!


Alô, quem fala ? - É Germano
- Diga-me, o hospício é aí ?         
- Não, senhora, houve um engano...
nem há telefone aqui!!!

Gosto muito de viver !
Minha vida é uma doçura.
Se com cem anos eu morrer
terei morte prematura


Um lindo botão vermelho
na rusga que alegra o povo,    
faz o casaco mais velho
cheirar a casaco novo!


Com versos ganho amizade.
Da solidão sou isenta...
Pois a trova, na verdade,
é qual pão que me sustenta!

CÉLIA GUIMARÃES SANTANA - Maior trovadora do Brasil

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Lágrimas Doces




Sou um tanto sonhadora desde pequena. Sou ligada à fantasia. Isso deixa minha mente fértil. Depois que fui crescendo, acabei descobrindo que nem todos os sonhos se tornavam realidade. Isso significaria que seria necessário parar de por no meu caminho fantasias e sonhos não realizáveis. Mas quando descobri comecei a chorar pois tinha entre 3 e 4 anos. Porém, uma de minhas lágrimas entrou em minha boca e minha mente se pôs a funcionar: era uma lágrima doce! Fiquei surpresa pois, lágrimas são salgadas. Olhei-me no espelho e só falei para mim mesma: - Não pare de acreditar.


Eliza Gabriella

terça-feira, 16 de julho de 2019

(Me) Faço Poesia



Quando faço verso
Ou re-verso,
Faço-me e refaço-me
Na gramatologia.

Sou
Mesoclítico,
Proclítico,
Enclítico,
Sintático,
Sintético.

Quando canto a vida,
Impetro hábeas corpus
Na suprema corte
Gramatical:
Exijo passaporte,
Liberdade,
Passo livre,
Incondicional.

Pois
Sou fonte,
Sou mina,
Rio-riacho;
Cachoeira;
Cascata;
Corredeira;
Vazante.

Sou flor que se abre,
Aurifulgente e singela,
Pintando aquarela
No pó do sertão.

Sou água da bica,
Sou vento, sou livre,
Sou garça a voar.
Sou a brisa da tarde;
Da noite, o ninar!

Sou o beijo escondido,
O carinho, a carícia,
O riso, a alegria,

- A poesia no ar!...

Luiz Dias Vasconcelos

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Experiências


Tem livro que a gente voa
Tem livro que a gente arrasta
Tem livro que atordoa
Tem livro que tudo passa

Tem livro que é canoa
Tem livro banco de praça
Tem livro que amontoa
Tem livro que só disfarça

Tem livro que a gente cheira
Tem livro que é virtual
Tem livro que é soleira
Tem livro que é catedral

Tem livro amigo da gente
Tem livro que a gente briga
Tem livro inconsequente
Tem livro que até abriga

Tem livro que é uma ponte
Tem livro que é como norte
Tem livro que vira fonte
Tem livro que traz a sorte

Tem livro que é muito forte
Tem livro que titubeia
Tem livro cheio de porte
Que nada como baleia

Tem livro fragilizado
Que a gente desacredita
Tem livro que é um legado
E toda palavra grita

Tem livro que fala tudo
Tem livro que não se expressa
Tem livro que fica mudo
Mas se transforma em promessa

Tem livro que não termina
Tem livro que logo acaba
Tem livro que ilumina
Tem livro que já desaba

Tem livro que nos abraça
E muda a vida da gente
Tem livro que embaraça
Mas deixa a gente contente

Tem livro que é todo prosa
Tem livro que é poesia
Tem livro que a gente goza
Tem livro que esvazia

Tem livro que a gente aprende
Tem livro que a gente cresce
Tem livro que lucra e rende
Tem livro que desmerece

Tem livro que é coletivo
Alcança muitas pessoas
Tem livro demais altivo
Repleto de coisas boas

Tem livro que é humildade
Cheinho de pequenez
Mas tem grandiosidade
Ensina esperar a vez

Tem livro que desmascara
Contribui para a história
Tem livro que é coisa rara
E merece sua glória

Tem livro simples, modesto
De gente desconhecida
Tem livro que é muito honesto
Com muita luta vencida

Tem livro de quem se vive
Tem livros dos imortais
Tem livro que até convive
Nos deixa querendo mais

Tem forma que é só um livro
Tem livro que é plena essência
Eu só sei que cada livro
É uma experiência

Maria Luiza Franco Bisneta

terça-feira, 9 de julho de 2019

Sete Lagoas



Sete Lagoas
das águas cristalinas
Dos lagoas encantados
das matas e das minas
e dos minerais

Sete Lagoas
Tão bela, tão menina
Nasceste princesinha
entre as matas e as minas
das Minas Gerais

Elizabeth Carvalho

quinta-feira, 4 de julho de 2019

A Renda



Ela estava ali, parada.
Olhava fixamente para o rosto da filha,
Que dormia profundamente. 
Ela a olhava, muda, calada
Seu rosto gritava palavras nunca ditas...
Arrumava a renda, ajeitava a flor, outra flor...
Uma dor... tantas dores...
Inacreditável...
E ela disse:
 - Parecia ser ontem quando em meus braços a amamentei, olhei eu seus olhos e você filha, retribuiu sorrindo. Agora estou a te olhar e você... Você dorme profundamente, só me resta arrumar a renda... 

uma flor, outra flor, tanta dor...
E ela arrumava a renda para que tudo ficasse confortável... aconchegante.
Mas nada, nunca mais será como antes.


Enizetti Azevedo

terça-feira, 2 de julho de 2019

Mulher e Flor



Mulher e flor tem tudo a ver,
Perfume e amor em um só ser.
Mulher e flor, razão da vida;
Paixão e dor, se há despedida.

No mundo das flores,
Para a mulher existe um canteiro;
Transforma-se ela em flor
Quando o amor é verdadeiro.

O amor de uma mulher,
O perfume de uma flor:
Acalanto para um pranto,
Remédio para minha dor.

Mulher, sexo frágil? Não.
Você é forte como fibra;
É você quem gera a vida,
É você quem me equilibra.

Mulher e flor,
Mera coincidência.
Perfume e amor,
Divina essência.

Carlito Rodrigues, exceto do livro "o Poeta e a Musa"

Premiação e lançamento do livro do concurso literário "Cartas a Tiradentes"

Em 12 de novembro de 2019, Sete Lagoas recebeu um evento extraordinário, o lançamento do livro “Cartas a Tiradentes”, que consiste em uma c...